O desabafo é sempre ali mesmo.
Dentro de seu carro, entre engrenagens do lava rápido,
Zunidos, barulhos e ruídos.
Entre um jato de sabão, outro de detergente e água, automáticos.
Dentro de seu carro, entre engrenagens do lava rápido,
Zunidos, barulhos e ruídos.
Entre um jato de sabão, outro de detergente e água, automáticos.
Sem presenciadores, testemunhas.
Ele grita alto. Louco.
Trancado no veículo, sozinho.
Com muito a resolver.
O grito é um só e estridente (mas o suficiente para não ser ouvido),
Em meio ao barulho daquelas escovas gigantes da máquina de limpeza, lá fora.
O bastante para descarregar, ali dentro, e de forma eficaz, o que sente.
Ao ver seu companheiro na pior, entorpecido.
Ao ter de fazer uma escolha difícil,
Ele grita alto. Louco.
Trancado no veículo, sozinho.
Com muito a resolver.
O grito é um só e estridente (mas o suficiente para não ser ouvido),
Em meio ao barulho daquelas escovas gigantes da máquina de limpeza, lá fora.
O bastante para descarregar, ali dentro, e de forma eficaz, o que sente.
Ao ver seu companheiro na pior, entorpecido.
Ao ter de fazer uma escolha difícil,
Na qual pende mais do que seu futuro.
Ao descobrir a sorte cruel à qual sua amiga está fadada.
E assim, ele possuía o carro mais limpo da redondeza.
Ao descobrir a sorte cruel à qual sua amiga está fadada.
E assim, ele possuía o carro mais limpo da redondeza.
5 comentários:
achei cinematográfica essa cena!!!
beijos
Às vezes, é preciso essa liberdade, pra gritar. Às vezes é preciso conquistá-la e, se não conseguir, gritar assim mesmo.
Andréa,
Você está certa. Trata-se de uma cena que vi em um filme chamado "Holding Trevor".
ele não é tão bom que merecesse um comentário aqui, apenas inspiração para esse post.
Arnaldo,
Gritar é mesmo preciso! Necessidade.
Mas nem sempre é fácil se dar ao luxo dessa "descarga", né?
Obrigado a vocês, pela visita!
Texto e foto: ótimos!
Beijo.
Beijão e obrigado, Vanessa!
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