sexta-feira, 22 de maio de 2009

Top 3: Barroco

Barroco, fundamental e belo!
Século XVII e até XVIII.
Veio como um redemoinho em época da exaltação da técnica racional acima de tudo.
Tratava-se da emoção, à simplesmente técnica.

Nas telas, Michelangelo M. Caravaggio (1571-1610),
Nas esculturas, Gian Lorenzo Bernini (1598-1680)
E nas construções, Francesco Borromini (1599-1667).



Caravaggio mexeu com os brios de alguns artistas da época.
Pintou santos como personagens comuns,
E seus milagres como eventos do cotidiano.
Teve o hábito de brincar com o “chiaroscuro” (do italiano claro/escuro, luz/sombra).
Utiliza-se sempre de uma luz crua que recai sobre o foco principal, fazendo o admirador prestar mais atenção às emoções.
Nas pinturas religiosas, ele chocava.
Escolhia mulheres de rua, homens quaisquer e prostitutas,
Para se tornarem os mais belos modelos para santos, virgens e seus milagres.
Subversivo, tido como traidor da arte, chegou a pintar como fugitivo,
Procurado por homicídio.
Mas, para grandes artistas de seu tempo (como Rubens, Velázquez e Rembrandt), Caravaggio era visto como audacioso, inovador e mestre.



Bernini moldava fácil em argila e mármore.
Fontes, arte religiosa e a Basílica de São Pedro.
Em sua versão de Davi, diferente de Michelângelo,
Ele tira da pedra movimento e tensão.
A imagem, ao morder os lábios em violência, parece se libertar da forma de escultura!
Faz com que o observador até se esquive, ante sua ira.
Em “O Êxtase de Santa Teresa”, obra prima do auge barroco,
Controvérsias surgem na observação.
Teresa tinha visões e ouvia vozes.
Acreditava que fora transpassada por um dardo de um anjo, que instituiu nela o amor divino.
A coisa era forte e chegava à beira do erótico.
Na escultura de Bernini, Santa Teresa parece quase morrer,
Flutuando em uma nuvem,
Mostrando um misto de êxtase e estafa.
Dinâmico, Bernini parece fazer a carne do mármore branco pulsar.
Já na Basílica de São Pedro foi onde ele passou grande parte de sua vida trabalhando.
Destaque para quatro anjos colossais de bronze, em quatro colunas no pálio da Basílica, de altura aproximada de um prédio de dez andares.









O que Caravaggio fez com a pintura, Borromini fez com a arquitetura. As paredes davam a sensação de receber uma luz estroboscópica, que mesmo paradas, parecem em movimento.
Um gênio rebelde, emocionalmente perturbado – o que levou a suicídio.
Enquanto Bernini costumava ter 39 assistentes, em seus projetos rápidos,
Borromini preferia cuidar, por si só, dos detalhes mínimos de suas obras.
Três nomes. Destaques de uma época admirada por muitos!


Fonte: livro: Arte Comentada (Carol Stickland/John Boswell)

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