"Tira os óculos."
A frase, dita ao acaso, soaria como um simples favor de um amigo atencioso.
Mas não foi. Ela veio de um cara desconhecido, que estava a reparar a garota, deitada no colchão.
Mais tarde, aquele amigo do namorado da prima, que havia marcado o feriadão com a galera na chácara, se revelaria em um beijo gostoso, na rede, embaixo do pé de jaca.
A preocupação em pedir que se tire o óculos poderia ter sido um detalhe, ao acaso.
Mas não foi. Acabou sendo o tudo. O diferencial.
Pois essa observação só poderia vir de uma única pessoa: ela mesma, a dona dos óculos.
Mas veio dele, que nem lentes usava.
O feriadão com a turma na chácara acabou.
O desconhecido da festa, voltou com a garota,
Que agora conheceu seu nome,
E saberá como chamá-lo,
Sempre que precisar alertar,
Para que tire os óculos.
Há 5 anos
4 comentários:
simples e perfeito... detalhes que muitas vezes são passadas despercebidos... Mas que eu notei! E te contei! e vc com o dom da escrita, relata em palavras simples e tocantes.
Bjs
São coisas que você lê se pergunta se é real e a resposta sempre é um "pois é"...
Beijo, Carla, e obrigado pela visita!
Tem uma passagem (de novo!) do Amor nos Tempos do Cólera que é assim:
"... a primeira coisa que ela fez quando ele chegou em lugar de despí-lo, foi tirar os óculos dele para melhor beijá-lo, e desse modo Florentino Ariza soube que ela começava a gostar dele."
Lembrei disso, então, taí...
Beijo.
Perfeita passagem (de novo!).
Um gostar assim, sem artifícios...
Valeu por mais essa!
Beijo!
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