Tornou-se uma pessoa frágil.
Mas uma pessoa que amou em sua juventude,
E, depois, em seu desamor,
Perdeu até o amor próprio.
Casou-se, sem saber ao certo o motivo.
Descasou-se de mesma maneira,
Quando tudo já estava fora do controle,
Perdendo tudo, inclusive a paz de espírito.
Entre as perdas, os filhos.
Aos quais nunca pode dedicar-se totalmente:
Apenas em raras fases de tranquilidade,
Quando a cabeça não estava perturbada,
Quando o espírito não estava por demais inquieto.
No ápice de atitude de um mundo esquizofrênico,
Até abandonava seus pequenos em lugar qualquer,
Tendo-os de volta, quando um conhecido os encontrava
Chorando, em algum lugar da Cidade.
Crises seguidas.
Foi perdendo controle de tudo,
Brigava com aquele que jurara amor até a morte,
Esteve a ponto de traumatizar os filhos,
Mas foi detida antes disso.
Ou talvez nem o faria, talvez.
Sem opções, se viu obrigada a ir sozinha
Para a terra onde nasceu,
De volta à casa dos pais,
Velhos, logo a deixariam solitária, novamente.
E solitária viveu eu sua inquietude,
Sempre consigo mesma, até a hora da partida,
Quando não havia mala, nem saúde,
Sequer haviam seus filhos ao redor,
Somente ela mesma
E sua mente, seu mundo a parte,
Sua loucura.
Há 5 anos
6 comentários:
Ai tadinha... Fiquei com pena dessa mãe... Hehehe.
Beijos.
Pois é, menina!
Nem todas as mães conseguem colocar para fora os espinhos os quais removem das rosas que oferecem a seus filhos.
Obrigadão pela visita!
:-]
Oieee!
Texto seuu? q intenso =)
Saudades d vc..vamos sair qlq dia praconvensar? vc esta morando em sampa...esta descendo?
bjobjo
Oi Marcelle!!!!
Sim o texto é meu. Todos com tags "Pois é", pois é, são meus! Este é intenso...e tenso!
Sim, estou trabalhando no Ipiranga, onde a Carla estava. Ela saiu, eu cheguei. Desço às sextas e retorno às segundas-feiras. Quero te ver também e saber das suas!
Beijo! Valeu pela visitinha!
Nossa...! Intenso e maravilhoso como todos os seus textos. Me fez chorar aqui.
Obrigado pela presença sempre presente, Carol!!!
Postar um comentário