domingo, 2 de fevereiro de 2014

Desnecessário

Para ser o confidente que ouve suas histórias,
Aquelas que ninguém vê graça, o gay serve!
Para ser o carinha legal que a mãe confia
E com quem o pai a deixa sair, ela chama o gay!
Para ser o conselheiro,  o ouvido e o ombro,
O gay é perfeito!
Mas quando o gay precisa de espaço em uma sociedade a qual pertence,
Criam-se regras, normas, "não-me-toques".
Quando o gay é o filho da vizinha,
Tudo bem: que ele seja feliz.
Quando o gay está dentro de casa,
É como se ele nunca mais fosse existir.
Em cena representando seu amor e carinho numa novela,
Ele passa a se feio, apelativo, desnecessário.
A aceitação ainda tem um longo caminho pela frente.
Ultrapassar hipocrisias veladas, conceitos arcaicos.
Aceitar não é obrigatório,
Respeitar é vital e humano.
O preconceito é nojento,
Julga, apedreja, fere, mata.