segunda-feira, 1 de junho de 2009

Música de Haydn

Franz Joseph Haydn.
Nascido em 31 de março de 1732.
Enquanto criança, era admirado por sua voz.
Era soprano, em um coro em Viena, Áustria.
Aos 18, sem ter mais cor vocal como antes, foi expulso do grupo.
Viveu na rua.
Nas voltas, conseguiu chegar a mestre de capela, coordenando importantes orquestras de câmara.
Teve Wolfgang Amadeus Mozart como um grande amigo.
Mesmo 24 anos mais velho que o garoto, nele tinha amizade recíproca e única.
Haydn considerava Mozart um gênio sem igual.
Para Mozart, Haydn era mestre.

Certa vez, Haydn devia ir a Londres,
Mozart tentou fazê-lo ficar, pois ele estava doente.
Mas Haydn iria mesmo assim.
Ambos se despediram, pensando que poderia ser a última vez.
E foi mesmo.
A surpresa maior é que Mozart (e não o adoentado Haydn) morreria naquele inverno de 1791, aos 35 anos.

Haydn ainda viveria.
De volta a Viena, começa a ter sinais de debilidade.
Entre as peças do considerado auge de sua carreira, está “A Criação”.
Em 31 de maio de 1809 morre em casa,
Aos 77 anos.
Religioso, sempre colocava ao final de seus manuscritos alguma expressão,
Como “Laudate Deo” (“Glória a Deus”).
Mais tarde, Haydn, Mozart e também Ludwig van Beethoven,
Seriam considerados a "Trindade Vienense" da música.
Um pouco do barroco e romântico.

Entre as obras, uma é preciosa: “A Criação” ( do alemão “Die Schöpfung”).
O oratório, de 1797, que explica o surgimento do mundo,
A partir do livro Gênesis (da bíblia) e do poema "O Paraíso Perdido", de John Milton.

Em algumas partes é possível visualizar, entre os instrumentos de sopro, o surgimento do Caos,
Ou ainda a criação dos elementos, onde céu, terra, mar, animais,
Vão sendo criados, vivos em cada nota, até chegar ao amor de Adão e Eva.

Em 2005, Coro e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo interpretou a peça,
Entre os solistas, o baixo português João Fernandes.
Belo timbre, notas graves e naturais.
Carisma, expressividade ao máximo,
João Fernandes era mesmo o destaque do grupo,
Que tinha ainda a soprano Rachel Harnisch e o tenor Jörg Dürmüller, ambos suíços.
Mas João cativou, muito além da técnica.
Um misto de menino audacioso,
Com seriedade única, na medida que era exigida!
Carisma mesmo.
Talvez por ser português, próximo ao brasileiro.

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