Sua tentativa foi em vão.
A bala entrou, mas desviou-se, no osso,
Da parte vital na cabeça.
A bala entrou, mas desviou-se, no osso,
Da parte vital na cabeça.
Socorrido, o médico que o atendeu estava estressado.
Achava injusto interromper outra emergência,
Para atender a esse, que falhou no suicídio.
Achava injusto interromper outra emergência,
Para atender a esse, que falhou no suicídio.
Em um estado que beira o coma e a consciência,
O paciente acompanhava em silêncio tudo o que se passava.
"Cara burro, nem se matar sabe.
Se quer atirar, que atire dentro da boca."
"Cara burro, nem se matar sabe.
Se quer atirar, que atire dentro da boca."
Ao se recuperar, voltar para casa,
O paciente ficou com aquelas palavras na cabeça.
Na primeira oportunidade,
Pegou a arma, atirou dentro da boca.
Dessa vez eficaz, como indicara o médico.
O paciente ficou com aquelas palavras na cabeça.
Na primeira oportunidade,
Pegou a arma, atirou dentro da boca.
Dessa vez eficaz, como indicara o médico.
2 comentários:
Forte! Muito bom!
Pois é. A dimensão que as palavras tomam!
E não temos a menor ideia disso.
Um eterno exercício do "será que o que eu direi é realmente necessário?"
Beijo, Carol, linda!
Postar um comentário