terça-feira, 7 de abril de 2009

Profissão

Hoje é lembrado o dia do jornalismo. Uma profissão que já foi considerada até o quarto poder. A busca pela verdade, pelo objetivo, pelo imparcial. Sempre!
Aqui, um poema de Elza Lemke Batalha, poetisa que já citei antes e agora trago para mostrar um significado muito interessante para a arte de escrever.
Antes de ser formado jornalista, antes de ser o buscador do texto pronto, reto e direto, tudo começa com aqueles livros que se tornam especiais, sejam de contos, poesias, etc. A leitura e depois a prática da redação. Escrita. “Gosto de ler e escrever, por isso quero ser jornalista”, era minha resposta, ainda no primário, à velhíssima pergunta sobre o que queria ser quando crescer.
Eis aqui uma bela alusão feita à arte de escrever, pois todos, de alguma forma, têm algo para contar, mas nem todos se aventuram a fazê-lo de forma escrita e pública.

Em homenagem à profissão que é, sobretudo, a de contar histórias:

Cantinho de confidências
Elza Lemke Batalha

Minha história talvez seja bastante singular. Os anos mais produtivos de minha vida (intelectualmente falando), começaram na década de 70, quando a minha poesia eclodiu como um vulcão.
É por isso que considero meus versos, meus amores,
Eles são como meus filhos, gerados em minhas entranhas e surpreendentemente trazidos à luz, pelo meu cérebro.
Uns são tão feinhos! Mas eu, como mãe coruja, vou dizendo: “O que enfeita é esse narizinho!”
Outros são lindos! Meu orgulho!
Alguns são batalhadores.
Guerreiros natos. E quando recebem galardões, meu ego fica assanhado.
Consegui juntá-los, reuni-los no berçário de um livro.
E seguindo o ritmo da natureza tenho que expô-los à vida e soltá-los na correnteza.
Afinal, a mãe passarinho também expulsa seus filhos, quando já grandinhos, do ninho.
Na sua linguagem de pássaro, talvez esteja para eles dizendo: “Vai te virar, comida tens que procurar.”
A sorte está lançada. Até agora os resguardei.
Felicidade para vocês, meus filhinhos!
Espero que encontrem cada coração, um novo ninho.

Este texto serviu de espécie de prefácio para o primeiro livro poesias de Elza Lemke Batalha (Uma lágrima na sala de visitas).

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