"Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área."
Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, para defender a aprovação da Lei de Imprensa (aprovada ontem 17/6), que determina que jornalistas não precisam mais de diploma para exercer a profissão.
Há 3 anos
11 comentários:
Ótimo!!! Agora vamos torcer para a criação de uma lei semelhante para os médicos e engenheiros! Aí vai ficar tudo perfeito!
E quero ver se esses ministros aceitarão ser entrevistados por qualquer pessoa, jornalista ou não. E quero ver reclamarem da forma de abordagem na matéria, feita por um "não-jornalista".
Abração, Ives.
Esses "caras" parece que adoram um retrocesso...
É verdade! Há quem defenda que exigir diploma do jornalista é voltar à ditadura, onde se cortavam os direitos à liberdade de expressão. Mas no caso do jornalismo, trata-se de uma profissão regulamentada.
Quem responderá por crimes cometidos na profissão, se o cara nem habilitado é? (em erros graves de textos publicados, matérias ofensivas, fatos não apurados, etc)
Abraço.
Em relação aos erros de textos, matérias ofensivas, fatos apurados inadequadamente ,já vemos o bastante na impressa desse nosso Brasil. Eu tenho medo de pensar o quão ruim pode ficar isso! E francamente, do jeito que o mercado de trabalho exige cada vez mais um nível de excelência profissional(que queira ou não, as universidades o fornecem), não vejo outra, a não ser o surgimento de "jornalecos" parciais ou sensacionalismo de quinta categoria. É f***!!!
Abração Eli...
eli, os grandes joranlistas desse país são ou foram formados em jornalismo?
não sei, fico pensando...
é claro que não quero ver ninguém de história tirando emprego de filósofo e tal... mas nelson rodrigues era joranlista, por exemplo?
desculpa a ignorância, pensei nisso agora!
bj
É, Ives. Mas a coisa já é vista por aí. Diversos programas, como os de fofocas, de passatempo e de humor utilizam sempre o termo matéria, para as gravações que fazem (que muitas vezes nem se aproximam de jornalismo). Concorrência é sempre bom, se é de qualidade - quem ganha é o receptor!
Andréa, bem citado!
Aprendemos isso ainda nas cadeiras da academia! Muitos dos grande nomes primórdios da profissão não tinham diploma e nem frequentaram universidades: melhoraram o talento que já tinha, e aprenderam com profissionais e na prática, sempre iniciando por baixo. Não sei dizer com exatidão, mas acho que Nelson não foi formado não! É questão de dom mesmo.
Essa questão de tirar a necessidade de diploma talvez venha também por conta de diversas ações contrárias movidas por entidades de classe (dos jornalistas), que queriam acabar a moda de aderir, por exemplo, a presença comentaristas de notícias que não eram jornalistas formados. A Folha de S.Paulo mesmo possui um time de historiadores, economistas, que não são diplomados como jornalistas: são bons nos seus temas e escrevem muito bem.
Acredito, Andréa, afinal, que a classe não deve se sentir pressionada ou ameaçada. Se o cara for bom, terá espaço. Sempre foi assim, até porque empresas não aceitarão em seu time, contratar qualquer um: a capacidade será o quesito fundamental (tenha ou não diploma). Mas acho que tirar o diploma é desvalorizar a profissão e os profissionais que se empenharam e conquistaram o certificado. Assim como o trabalhador precisa de registro e atribuições devidamente especificadas, para o jornalista seria importante sim ter reconhecimento de sua formação e habilitação, por meio do diploma.
Valeu por suas visitas e colaboração!
Sabe o mais engraçado? Agora os caras do supremo vão ter que dar a mão à palmatória e decidis se os jornalistas que trabalham lá terão ou não diplomas exigidos.
Claro que eles vão preferir os "com diploma" e formação. Porque nessa profissão, como na medicina, engenharia etc., não dá pra errar.
Claro que com experiência tudo se aprende, mas leva anos, décadas.
É aí que está a diferença. Para os profissionais, de redação, de edição, de fotojornaliosmo, somos 100% a favor do talento e 100% a favor do diploma.
Abraço eLi!
Legal, super Gustavo!
Na prática, a coisa é outra, e os supremos mesmo sentirão isso.
Para nós, da comunicação (você, redator, publicitário, sabe bem disso), a faculdade dá, sim, boa parte do que precisamos no dia a dia da profissão - logo, nem todos (qualquer um) pode ocupar o mesmo lugar. Não se poderia desprezar desse jeito a profissão. Tudo bem que em outros anos quase não se tinha jornalistas formados, mas os tempos são outros e, "tradicionalmente", apenas os donos de jornais e publicações (na maioria) é que não têm diploma.
Abração e mais sucesso ao MiniContos Perversos!
o gilmar é uma besta. dá esse tipo de explicação pro povão. mas os fundamentos desta decisão passam bem longe da "necessidade" de um diploma.
Um joguinho de mandar e desmandar é o que eu penso, Maria!
Bem ao tipo "Ai se fosse o meu!"
Beijão!
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