terça-feira, 12 de maio de 2009

Fiscalização materno-digital

Inclusão digital é super válida em tempos modernos.
Terceira idade e crianças cada vez mais nas fraldas acessam a internet,
E utilizam as mais variadas ferramentas da informática.



Ele vive uma vida de aparências,
Assim sempre foi.
Desde a chamada idade em que se conhece como gente.
Sempre preferiu meninos às garotas.
Sempre escondeu suas reais orientações da família.

A mãe, moderna e conectada à web,
Passou a vasculhar a lista de amigos que o filho tem,
Em um site de relacionamentos.
Nos mais de 300 amigos do orkut,
O coração de mãe percebeu que muitos garotos têm perfis estranhos,
Que denunciariam gostos no mínimo incomuns.

“Ela diz que tem muito cara ‘dando pinta’ de gay”,
Mesmo com a desculpa de que são amigos de sua namorada (de aparência [pois nem um beijo nela ele deu ainda, em anos de namoro]),
Mesmo assim, a mãe ainda está com um pé atrás com os contatos virtuais do filhão.

O rapaz pensa em mudar de vida.
“Vou fazer um orkut novo!”

Até que ponto a fiscalização da mãe é eficaz?
Até que ponto as atitudes do menino são eficazes?
Sua orientação sexual não mudará,
A desconfiança de mãe (que tem um coração que não se engana), também parece que não.

2 comentários:

nora disse...

O rapaz pensa em mudar de vida.
“Vou fazer um orkut novo!”

haha Muito bom. E não tem gente que pensa assim mesmo?

Enquanto isso, a natureza esta aí, todinha para nós.


Tem comida enlatada, e tem gente enlatada.

Mas , vem cá, essa mãe tbém não tem muito o que fazer, né? Sexualidade pertence á própria pessoa, e não aos outros.

Eli Carlos Vieira disse...

É vero, Nora! A natureza! O Natural! Tudo aí.

Um mundo sem rótulos, sem padrões, sem a necessidade de se etiquetar e tornar tudo e todos iguais. Utopia, talvez?

Na falta do real conhecer, surge o preconceito contra o que soa diferente.
E o "diferente", por sua vez, muitas vezes não tem maiores preocupações de vida, até mesmo para mudar essa história. Prefere seguir criando novos perfis de vida.
Até quando?!

Beijo, Nora!