segunda-feira, 25 de maio de 2009

Necessidades essenciais

Após um programa de rádio, feito por portadores de necessidades especiais,
O locutor, portador de síndrome de down, vira para um fotógrafo que acompanha as entrevistas e acabara de elogiá-lo.
“Cara, eu penso exatamente como você, tenho os mesmos desejos, anseios,
Mas na hora de passar para fora, de falar, de expressar,
Não sai nada. Pelo menos não do jeito que está aqui dentro,
Não do jeito que eu queria.”

2 comentários:

Vanessa Dantas disse...

Eli!
Fui corrigida certa vez, por um cadeirante, por ter usado o termo "portador de necessidades especiais". Ele disse: esse termo está errado, quem porta alguma coisa (como um guarda-chuva, por exemplo) pode a qualquer hora não portar mais, o que é diferente da deficiência. Por isso, sou um deficiente, não é preciso esconder! Dali em diante, nunca mais usei o termo.
Quanto ao diálogo, achei ótimo!
Beijo.

Eli Carlos Vieira disse...

Beijo, Vanessa!
Eis uma questão polêmica...
Já tive papo semelhante a esse. Só que no meu caso, preferi ficar no "termo da moda" portador de necessidade especial (como portador do vírus HIV...).
É a velha questão do pisar em ovos, onde, de um lado, há a pessoa teme usar algum tipo de palavra para identificar tal pessoa; do outro lado, essa tal pessoa, que não tem o menor problema em ser chamado de A ou B (Mas às vezes tem problema - sente ofendido).
A mesma dúvida me ocorre, quando duvido em chamar alguém de preto, negro ou moreno (do mesmo modo de branco, claro e loiro). Há aqueles que se ofendem com algum dos termos.
É complicado e é algo que sempre existirá.