quarta-feira, 6 de maio de 2009

Raro

Beijos, amassos e calor.
Muito calor.
Uma camiseta tirada do corpo e uma blusinha jogada de lado.
Então ela fica por cima dele.
“A gente está namorando?”
“Não sei, você não pediu ainda...”
“Então...quer ser minha namorada?”

O pedido saiu ofegante, em um momento de calor intenso.
A pergunta levou pouco mais de duas semanas para sair.
E naquele momento devia ser feita imediatamente, pois era questão de lei para ele.
Ela, rindo, mas recíproca, aceitou. Claro.

“É que eu não faço amor sem estar namorando.”
(Ele disse amor e não sexo!)
Essa é a lei dele, à qual é totalmente fiel.
Após o gesto inesperado, ela entendeu.
Compreendeu porque ele vinha sendo tão respeitoso, cuidadoso.
Mesmo em momentos em que as coisas esquentam,
E saem facilmente do controle.

Resolvida a dúvida da atual situação dos dois,
O amor ainda não rolou,
Mas não foi por falta de calor.
“Eu não tenho camisinha aqui,
Não poderemos fazer amor.”

Sucessões de fatos novos.
A incredulidade, diante de tanta raridade,
Em atitudes, gestos, princípios.

Ambos radiantes consigo.

O feriadão acabou e rendeu muitas surpresas aos dois.
E parece ser só o começo.
De algo que não sabem, mas saberão.
Esperam e vivem, somente.

6 comentários:

nora disse...

Viver o momento e a cada dia criar novos momentos. Estou feliz por vc.
bjs, nora

ps gostaria da sua opiniao sobre a apresentação q eu fiz, vc chegou a ver? postei lá no blog. bjs

Eli Carlos Vieira disse...

Pois é Nora, o novo a cada dia!

Beijos, Nora! Estou passando lá já!

Vanessa Dantas disse...

Engraçado essa história dos rótulos e mais ainda da dependência da mulher - por que a decisão de "namorar ou não" fica na mão do homem? É preciso o pedido de namoro para a relação ser consumada? Um dia vou escrever no meu blog sobre isso...

Beijão.

Eli Carlos Vieira disse...

Pois é, Vanessa!
Essa questão de rótulos (machistas) realmente não tem mais o menor sentido de existir!
É complicado. E principalmente por pequenos traços machistas que ainda há nos homens de hoje em dia. Isso (machismo) deve trocar de nome: INSEGURANÇA MASCULINA.

Se a mulher é quem faz uma proposta dessas, fica a sensação de que há pressão ("Como ele irá reagir?"). Mas se é ele quem faz, está dentro do convencional.
Acho que grande parte dos masculinos não são preparados a verem a mulher, sim, expressando, de igual forma, o que pretende e quere.

Aqui, nesse caso "Raro", achei, sobretudo, curioso ainda haver, em tempos em que relações são tão sem valorização, alguém (com pouca idade) que parece se importar com a coisa séria, a relação íntima somente com quem se tem intimidade. Sobretudo o princípio de transar somente em relação estável (não leva para a cama a primeira que encontra na noite [o que também não quer dizer impróprio, necessariamente]).

Obrigado pela visita, viu?!
Beijão!

carla yabico disse...

nossa... apenas nossa.... apenas de boca aberta! foi isso!

Eli Carlos Vieira disse...

Histórias suas, deles...
Estão por aí!
Beijo, Carla! E volte sempre!